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sexta-feira, 19 de março de 2010

Nóia! Paranóia!

Não aguentava mais ficar sendo observado, estava ficando louco! maluco! AAAAAAAAAAAHHHHHH!!!! queria que alguma coisa viesse e acabasse com aquilo tudo. Com o episódio da piscina congelada e agora com esse fogo misterioso, será que eu seria descoberto? essa pergunta percorria meus pensamentos a todo momento. Agora o que me restava era ficar na moita, escondido sem fazer nada. Não podia nem mesmo sair para praticar, vai que alguém me encontrava usando os meus poderes.Eu estava meio desconfortável com a ideia de que eu fosse descoberto e meus poderes revelados ao mundo. Nem meus melhores amigos sabiam que eu tinha poderes, imagina se do nada todo mundo soubesse que eu tinha poderes. Um dia andando pelo campus do colégio me deparei pensando em poderes, foi ai que me perguntei: "já que eu tenho poderes será que outras pessoas também o teriam?". uma boa questão para se pensar. No começo me pareceu quase improvável de alguém ter poderes, devia ser alguma mutação dos meus genes, será que eu era uma experiência científica? Isso explicaria porque essas pessoas não paravam de me observar, deviam ser agentes infiltrados do governo a postos para encobrir qualquer atitude que eu tomasse. Por isso que quando a piscina congelou ninguém ligou muito, logo todos já estavam levando a sua vida naturalmente. Ou será que são agentes da MIB, Homens de preto, e apagaram a memória de todo mundo sobre o acontecimento. Entretanto agora o que me importava era o fogo misterioso. Encontrei um amigo, o seu nome é Heitor, começamos a conversar sobre o que havia acontecido, já que o quarto dele era do lado do meu. A conversa continuou e perguntei a ele o que ele achava que havia acontecido no meu quarto e qual não foi a minha surpresa quando ele disse algo como: "nossa, aquele filme que passaram ontem a noite foi bem massa mesmo." Em primeiro instante eu pensei que ele tinha esquecido por um momento o incêndio, mas apenas um momento e que o Heitor estava ligando ao fato mais próximo que havia acontecido. Então perguntei a ele sobre o incêndio, o que ele achava que tinha acontecido. Fiquei mais surpreso ainda quando escutei a resposta dele: "que incêndio, onde, vc ta ficando louco?". Foi ai que não sabia o que fazer mais. Parece que o cara que morava do lado meu quarto não sabia de nada, só podia ser alguma organização parecida com a MIB ou um aparelho muito avançado tecnologicamente usado pela CIA para apagar a memória recente das pessoas fazendo com que essa noticia não se espalhassem pela rede de noticias o fato ocorrido. Foi quando, em meio a onda de pensamentos que não deixavam a minha cabeça, senti uma coisa estranha, parecido com uma sensação, muito estranho.

Primeiro de muitos... ou não

A primeira vez a gente nunca esquece, provavelmente nunca vou esquecer o que fiz. Tinha ido buscar sorvete no bairro universitário, meio que tinha perdido uma aposta, e o perdedor teria que andar uma distancia razoável para comprar o sorvete e levar ao ganhador. Chegando no bairro, encontrei alguns conhecidos, acabei me distraindo e não percebi que já tinha ficado um pouco tarde, tipo, umas 23:45 h, comprei o sorvete e comecei o trajeto de volta. O caminha para o bairro universitário tem umas gramas muito altas, e é escuro, e não muito seguro. Foi no meio desse caminho que ouvi algo. Alguém anunciando um assalto. Primeiro veio o medo, mas depois veio um sentimento misto de loucura, heroísmo e medo. Sabia que eu tinha que fazer algo e rápido, foi aí que veio a idéia, forcei a dor de cabeça e ativei o poder da velocidade, fui correndo na direção de onde ouvira o som, cheguei perto e vi um cara apontando uma arma para uma moça. Não reconheci nenhum dos dois, mas fui correndo em direção do cara, ele devia ter me ouvido, ele estava virando na minha direção muito lentamente, nem percebeu que eu já tinha passado por ele e pego a arma dele. Nesse processo eu devo ter quebrado alguns dedos dele, porque ele segurava a arma com força. Corri o mais longe dalí com a arma do sujeito, na velocidade que eu estava a arma ganhou um peso enorme. Parei de correr perto da entrada da faculdade, ativei o poder da força e amassei a arma toda, depois joguei no meio do mato que tinha ali perto. Não sabia se tinha feito tudo certinho, mas me senti um verdadeiro herói, ou quase isso. Mas estava sem o sorvete e sem nenhuma explicação decente pra falar pro meu amigo da aposta. A melhor desculpa que eu poderia dar, seria a verdade...