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sexta-feira, 19 de março de 2010

Primeiro de muitos... ou não

A primeira vez a gente nunca esquece, provavelmente nunca vou esquecer o que fiz. Tinha ido buscar sorvete no bairro universitário, meio que tinha perdido uma aposta, e o perdedor teria que andar uma distancia razoável para comprar o sorvete e levar ao ganhador. Chegando no bairro, encontrei alguns conhecidos, acabei me distraindo e não percebi que já tinha ficado um pouco tarde, tipo, umas 23:45 h, comprei o sorvete e comecei o trajeto de volta. O caminha para o bairro universitário tem umas gramas muito altas, e é escuro, e não muito seguro. Foi no meio desse caminho que ouvi algo. Alguém anunciando um assalto. Primeiro veio o medo, mas depois veio um sentimento misto de loucura, heroísmo e medo. Sabia que eu tinha que fazer algo e rápido, foi aí que veio a idéia, forcei a dor de cabeça e ativei o poder da velocidade, fui correndo na direção de onde ouvira o som, cheguei perto e vi um cara apontando uma arma para uma moça. Não reconheci nenhum dos dois, mas fui correndo em direção do cara, ele devia ter me ouvido, ele estava virando na minha direção muito lentamente, nem percebeu que eu já tinha passado por ele e pego a arma dele. Nesse processo eu devo ter quebrado alguns dedos dele, porque ele segurava a arma com força. Corri o mais longe dalí com a arma do sujeito, na velocidade que eu estava a arma ganhou um peso enorme. Parei de correr perto da entrada da faculdade, ativei o poder da força e amassei a arma toda, depois joguei no meio do mato que tinha ali perto. Não sabia se tinha feito tudo certinho, mas me senti um verdadeiro herói, ou quase isso. Mas estava sem o sorvete e sem nenhuma explicação decente pra falar pro meu amigo da aposta. A melhor desculpa que eu poderia dar, seria a verdade...

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