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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Luz no fim do túnel

A visão noturna era bem legal, ver as coisas meio verdes, que nem aparece nos filmes. Esse era o único lado positivo que consegui achar da situação. O resto era tenso! Voltar não dava por causa da pedra, então o único jeito era ir em frente. Era tipo um túnel, não era muito estreito, eu conseguia abrir os dois braços e ainda faltava um pouco para pode encostar nas paredes, e o “teto” no começo não era alto, mas a medida que eu ia andando ia ficando mais alto. Depois de uns 5 minutos andando eu pisei em um lugar que parecia ser mais fofo, e de algum lugar de cima veio um barulhinho, tipo um “cleck”. Fiquei parado tentando ver de onde veio o som, e eu vi de onde veio o som! Uma tora de madeira amarrada em uma corda estava caindo na minha direção, fazendo o movimento de um pendulo, nem consegui desviar, bateu em cheio na minha barriga e fui lançado para trás, uns cinco metros. Fiquei uns cinco minutos agonizando de dor, mais uns cinco tentando levantar. A dor era enorme, mas consegui levantar e continuei andando, andei encostado na parede na parte que a madeira presa na corda ainda se movimentava no seu movimento de pendulo. Fui andando mais devagar e mais pra frente senti pisar em outro lugar fofo, daí já me joguei na direção de uma parede, mas não houve “cleck” desta vez, agora foi um “uosh” e veio perto de mim, logo em seguida ouvi um barulho parecido com metal batendo na parede e senti uma pontada na coxa, quando olhei tinha tipo umas agulhas no chão com a ponta torta da pancada na parede, mas eram umas baitas de umas agulhas, com dez centímetros de comprimento e mais grossas que o normal, e pra melhorar tinha uma dessas enfiada na minha coxa!!!! Peguei uma das agulhas do chão, quando peguei, vi que estava saindo um líquido da ponta torta quebrada, dei uma balançadinha pra ver se realmente tinha alguma coisa dentro e comecei a ouvir um chiado de dentro da agulha, com medo a joguei pra mais longe que eu podia, e qual foi minha surpresa quando AQUELE BAGULHO EXPLODIU! E tinha um na minha coxa! Mas era fácil, era só tirar sem chacoalhar muito. Foi o que eu pensei. Mas só de encostar na agulha já doía a alma! Mas a coragem veio e eu peguei a agulha e puxei de vez! DOR! DOR! DOR! Mas depois que puxei senti até um alivio, que esqueci de jogar a agulha imediatamente. Quando me toquei que deveria jogar já era tarde, na verdade eu consegui jogar antes de explodir, mas ela explodiu muito perto, consegui proteger a cara com uma mão, mas a explosão e os estilhaços me jogaram mais uns 5 metros pra frente desta vez. A dor era enorme, não sei quanto tempo eu fiquei no chão. Confesso que uma lágrima caiu. Tipo, que droga eu tava fazendo ali? E a dor. Mas depois de um tempo indeterminado eu levantei e me olhei. A roupa tinha pequenos rasgos de onde saia sangue e uma parte da roupa estava chamuscada. Continuei andando, mais devagar ainda, mas finalmente uma luz no final do túnel começou a aparecer, e eu desativei a visão noturna. O final do túnel dava em uma sala circular bem grande, repleto de tochas na parede, uma espécie de porta do outro lado da onde eu havia entrado, mas estava trancada e uma pedra no meio desta sala. Foi então que eu ouvi. “Muito bem Overdose, você vai ser testado agora.”

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