quinta-feira, 28 de abril de 2011
Ajudando a FAR
domingo, 24 de abril de 2011
Desastre
quarta-feira, 30 de março de 2011
Roupa nova
A fantasia imita a realidade, mas nem sempre isso acontece. Nunca fiquei sabendo de heróis que deixam de “patrulhar” a cidade por estarem cansados do trabalho. Sei que é complicado, mas imagine-se, saindo cansado daquele trabalho rotineiro e monótono e indo a pé pra casa, e pra piorar, tá chovendo.
Agora surge a pergunta, se eu posso voar por que não vou voando pra casa. Bem, meus amigos, não quero chamar atenção desnecessária.
As vezes a gente cansa de tudo e quer fazer tudo diferente. São dias assim em que eu chego em casa, me troco e, pela janela, saio voando bem rápido até muito alto e fico ali, refletindo.
Nesse dia fiz algo diferente. Lembrei que aquele homem lá, o Guardião Alado, tinha ficado de fazer uma roupa pra mim. Fui então para a ilha onde ele morava. Já era noite e eu sentia os pingos de chuva batendo forte no meu rosto por causa da velocidade em que eu voava. Podia ver as luzes de cidades lá em baixo enquanto me dirigia para a ilha.
Depois de algum tempo cheguei na ilha. Encontrei o Guardião lá e jantamos juntos. Logo após ele me levou para a enorme sala de tecidos e me mostrou uma roupa, parecia uma roupa de monge franciscano, só que branca e com detalhes bem loucos. Apesar de ser muito detalhada, eu lhe disse que preferiria, se pudesse, uma roupa mais comum. Que desse pra me disfarçar e ao mesmo tempo usá-la normalmente. Também disse que ele poderia utilizar aqueles mesmos tecidos da roupa pronta pra fazer a outra.
Quando o cara é imortal, ele aprende muita coisa. Tão logo lhe falei, ele, ovservando a minha roupa, começou a costurar a nova a partir da antiga.
No fim a roupa ficou perfeita. Um casaco branco de moletom com capuz e uma calça jeans azul clara. Além de um par de tênis muito louco.
Agradecido, vesti a roupa e voltei pra casa. Agora, animado, pensei comigo: “Acho que agora dá pra voltar a combater o crime”.
terça-feira, 15 de março de 2011
NÃO, fui descoberto!
- Aquele fogo se apagou bem rápido mesmo tendo muito o que queimar, neh? - dava para sentir o sarcasmo na voz dele.
- Pois é né, parece mesmo. - respondi
- Você não quer me falar nada não?
- Agora é tarde, não tem como esconder mais e aproveitando que você é um grande amigo meu vou te contar.
Comecei a explicar para ele desde a chuva de meteoros. Contei das coisas que tinha feito, do dia da festa no colégio que aquele loco vestido estranhamente era eu, contei tudo, não tinha mais como esconder aquilo dele.
- Então, você pode guardar segredo? não gostaria que as pessoas por ai me vissem como uma aberração ou tivessem medo de mim por ser portador de poderes como estes capazes de queimar as coisas.
- Seu segredo está guardado comigo, pode ficar tranquilo.
sexta-feira, 11 de março de 2011
O futuro. Parte 5
Tempo de surpresas!
Carnaval. Particulamente, a única vantagem dessa festividade é o feriadão. Que pra mim foi muito bom pois minha namorada, minha irmã e uma amiga, vieram vizitar.
Foi maravilhoso passar um tempo com minha amada. Passear na cidade, ir na piscine, beijar. Fora os filmes até tarde junto com as outras meninas. Gosto muito da minha irmã, apesar de sermos muito diferentes, gosto do jeito dela. Também gosto muito da FAR, a amiga dela, sempre aprecio quando ela vem nos visitar.
FAR é uma amiga de longa data. Muito parecida com minha irmã, pelo gênio descontraído e decidido.
Na segunda de carnaval ficamos conversando a tarde toda. E a noite fomos ver um filme. Depois minha namorada foi tomar banho e minha irmã foi se arrumar para dormir. Ficamos conversando eu e FAR. Perguntei do namoro dela, entre outras coisas. Foi quando ela me surpreendeu com algo que disse:
- B², você gosta de quadrinhos e essas coisas de super herói, não é?
- Sim. Respondi. Pensando que ela ja devia estar desconfiada de algo sobre mim.
- Pois é… Tenho que te contar uma coisa. Mas você tem que me prometer não contar pra ninguém. Mesmo sua irmã e namorada.
Prometi.
Ela passou então a me explicar como, a um bom tempo atrás, ela vinha acordando fora do dormitório. No começo achou que era sonambulismo, até que um dia isso aconteceu quando estava acordada. Ela também me contou que, constumava tira notar ruins na faculdade, mas passou a entender tudo o que os professores lhe ensinavam.
O estranho é que quanto mais esforço mental ela fazia, mas sentia-se diferente. Suas mãos começavam a formigar e ela podia ver pequenos raios entre seus dedos. Foi em um dia desses, que “pensando muito” ela de repende apareceu em outro lugar do colégio. Ela queria uma explicação, e perguntou justo para mim.
- Você tem super poderes. Falei.
- Pelo que me parece, seus poderes devem vir do trabalhos das suas sinapses, que fazem você conseguir raciocinar perfeitamente, ter esses pequenos choquinhos e se teletransportar.
Também lhe contei dos meus poderes e lhe disse que isso era ma coisa boa, útil até. Ela parecia mais animada com a conversa. Lhe disso também para ir treinando seus poderes e aprimorando-os. Qualquer dúvida, que pedisse ajuda ao HG.
Minha irmã terminou de se arrumar e minha namorada terminou o banho. Assim terminamos nosso assunto.
PS: Sabem, será que tenho que contar pra minha namorada sobre meus poderes? Digo, eu a amo. Namoramos a 10 meses, mas ainda tenho receio.
O que faço?
quinta-feira, 3 de março de 2011
O futuro. Parte 4
Depois de cinco dias meu descendente voltou a me ver, ele trazia uma roupa na mão, meio que uma roupa de herói, um pouco justa, golas grandes, também tinha luvas, botas e uma daquelas máscaras que só fica no olho. Ele disse que era uma roupa especial e que só servia para mim. Eu a vesti e até que ficou bem legal. Assim que eu terminei de vestir a roupa ele disse que era hora de agir. Ele explicou o que eu tinha que fazer. Ele explicando fez parecer que era algo muito simples, eu só teria que ir até o local onde o XX está, destruir os milhares de robôs que ele usa como guarda (robôs criados pelo próprio XX graças ao poder que ele pegou do meu descendente), depois provavelmente XX vai aparecer para pegar meu poder e eu tenho que enfrentar ele. Que maravilha de plano. Falei que qualquer um dos que estavam lá poderia fazer isso, mas ele disse que não era para me preocupar, ia dar tudo certo. Depois ele pediu para eu testar a roupa, ele pediu para eu me duplicar, fiz o que ele pediu, depois ele disse que eu tentasse voar, mas sem desativar o poder de duplicar (como ele sabia que eu tinha que desativar um para usar outro?), fiz o que ele disse, mas pensando que o poder de duplicar ia se desativar mesmo sem eu querer, e foi exatamente isso que não aconteceu! Eu estava voando! Em dose dupla! Era para isso que servia a roupa! Eu podia usar todos os meus poderes ao mesmo tempo! Depois de ele ter falado com o pessoal de lá, a gente partiu pra por o plano em ação. A gente foi em um avião bem pequeno, para duas pessoas só, e esse avião era bem rápido, depois de meia hora de vôo a gente aterrissou. Meu descendente mostrou o local para onde eu deveria ir. Parecia um castelo, e tinha muros bem altos, fui correndo (todos os meus poderes já estavam ativados) e cheguei lá bem rápido. Ao me deparar com o muro simplesmente ignorei sua existência a continuei, e fui quebrando o muro bem de boa. Do lado de dentro do muro vi que meu descendente não tinha exagerado na parte de milhares de robôs, porque eram realmente milhares de robôs. Mas não deu muito trabalho, eu me dupliquei e fiquei correndo, esmurrando, soltando rajadas de energia, levando tiros (mas sem sofrer dano), tudo isso em duas direções diferentes. Vi que aqueles robôs não apresentavam riscos para mim, mas no final eu estava cansado. E foi quando eu estava cansado que o XX apareceu, veio voando na minha direção soltando bolas de fogo. Meu descendente falou (tinha um comunicador na máscara) para eu não atirar minha rajada de energia nele, por enquanto, ele disse também que era para eu deixar ativado só a invulnerabilidade, porque ele tinha que “desligar” a roupa por um tempo. Eu fiz o que ele disse. O XX continuou a atirar bolas de fogo em mim até que ele estava bastante perto, ele aterrissou e veio andando até ficar cara a cara comigo. Ele era mais alto que eu e parecia ser bem mais forte, mas não dava pra ver o rosto dele porque ele usava um capus. Ele falou que eu tinha uns poderes interessantes, mas ele já tinha a maioria, só não o de duplicar, daí ele foi estendendo a mão para me tocar, então perguntei pro meu descendente o que eu tinha que fazer, ele só me disse para deixar ele tocar em mim, então XX pegou no meu ombro.
quarta-feira, 2 de março de 2011
Ação no Rio 2
Quando se é um universitário as coisas são mais fáceis. Agora trabalhando era mais difícil conciliar a vida de herói e de pessoa comum. Praticamente todos os meus amigos ainda estavam em São Paulo, estudando, inclusive minha namorada.
Falando nisso, as coisas estavam ficando bem sérias entre a gente. Comecei a pensar em contá-la do meu poder. Não era a primeira vez que pensava nisso. Em outros namoros também pensei, e em um deles quase contei. Mas eles sempre acabavam antes de eu lhes contra a verdade sobre mim.
É ruim ficar sozinho numa cidade onde os amigos são raros, e onde todos estão muito ocupados. Sentia falta da faculdade e dos amigos. É em momentos assim que vôo. Vôo bem alto, e relaxo. Fico pensando e refletindo sobre a vida, amigos, amor, etc.
Foi num momento assim que vi algo diferente.
Depois da investida da polícia no tráfico do Rio, foi implantada as UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora). Elas estavam sendo muito úteis no Rio de Janeiro. Mas foi uma delas que avistei naquela noite. Em chamas. Mais acima do morro vi, também em chamas, os dizeres, “O Rio é Nosso”. Rapidamente voltei, coloquei minha máscara, e voei para o local que queimava.
Os bombeiros tentavam chegar, mas haviam barreiras que dificultava a passagem. Me aproximei e ouvi gritos de dentro do prédio em chamas. Entrei. Senti o fogo queimando minha pele. Olhei e vi a carne viva, ardendo. Minha máscara ja tinha sido devorada pelo fogo. Mas acreditei que se meu corpo estava queimando, meu rosto estaria bem deformado e irreconhecivel. Estava nu agora, pois o fogo havia consumido toda a minha roupa. Tirei o primeiro policial e voltei. Sentia o fogo ardendo no peito e nas pernas. Olhei para mim e vi nitidamente o processo de regeneração da pele, INCRÍVEL. Tirei o segundo policial. O fogo estavam muito forte e haviam mais dois policiais a serem salvos. Não sei o que foi, talvez a adrenalina. Só sei que não tinha força pra tirar aqueles dois homens dali, mas os tirei. Eles mesmo machucados olhavam pra mim sem entender. Olhei pra mim também e vi até partes do meu osso expostas, na perna e nos braços. Perguntei se eles estavam bem. Respondendo afirmativamente eles olharam para trás pois o som da sirene estava bem próximo. Aquela foi a minha deixa. Voei.
Voltei pra casa. Nu. Queimado. Mas me sentindo mais heróico do que nunca. Não importava mais o cansaço, a distância daqueles que eu gostava. Agora eu queria ser um herói.