O dia depois da queda das luzes do Céu foi bem corrido. Tinha que acertar assuntos pendentes com a faculdade. Depois adiantei um trabalho de uma matéria não muito importante. A noite, fui pra aula.
Cheguei cansado no quarto. O frio ajudou a relaxar no caminho. Mas quando cheguei fui tomar um banho. A água quente ajudava a relaxar e a descansar o corpo. Naquele momento confortável minha perna direita começou a dor.
“A mais de um ano eu havia sofrido um acidente e quebrado o fêmur. Por causa disso tive que por uma aste no meio do osso, dois pinos próximos ao joelho e um pino próximo a bacia.”
Até aquele momento minha perna nunca havia doido. Dessa vez foi diferente. Parece que a dor veio de uma vez só. Eu sentia a carne da minha coxa se rasgando por dentro. Era uma dor insuportável. Contive o grito, mas não deu pra segurar as lágrimas.
Naquele instante de agonia olhei pra minha perna e vi as cicatrizes se abrindo. O sangue escorria no chão e, misturado com a água, vi os pinos saindo p0or onde haviam entrado. Era uma cena trash e eu só chorava de dor diante daquilo.
Quando os pinos caíram no chão, a aste começou a sair também e tive mais alguns minutos de muita dor.
Quando tudo passou, olhei para a minha perna. Eu estava sentado no Box, ofegante, e imaginando o que estava acontecendo comigo. Os ferimentos se fechavam quase instantaneamente e apenas as velhas cicatrizes ficaram.
Num momento de iluminação sai rápido do Box e peguei meu barbeador. Voltei para o chuveiro. Com cuidado fiz um corte no dedo. O corte mais fundo que o barbeador podia fazer. A pele se regenerou e o dedo voltou ao normal. Tudo isso em apenas alguns minutos.
Dei um sorriso e respirei fundo, já sabia o que estava acontecendo comigo.
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