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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Introdução 6

Sabe aquele dia em que tudo dá errado? Um dia que junta tanta coisa pra fazer que sua cabeça parece que vai explodir? Pois foi um domingo daqueles! Eu tive que sair pra andar. Sem rumo. O tempo não estava bom, mas eu nem ligava, só pensava nos trabalhos e provas da faculdade que teria na semana que viria, a última de agosto.
Lembro que o sentimento de angústia não me deixava nem sentir a grama que pisava. Entre as brechas da escuridão das árvores sobre mim, foram surgindo feixes de luz. Não uma iluminação artificial, de lâmpadas ou lanternas, mas algo totalmente diferente de tudo o que eu já tinha visto. Uma chuva brilhante. Parei poucos segundos para admirar aquele momento. De repente, vi que uma luz atingiu um cara que passava perto da bandeira. O susto me fez ter uma única reação: correr. Tarde de mais, uma luz vindo de outra direção se aproximava mais e mais. Não havia perna, nem força, só luz ao meu redor.
Acordei quase às 7 da manhã, como de costume, com a sensação de ter tido o sonho mais real da minha vida. Justo em dia de prova, minha cabeça doía e meus olhos mal se abriam de dor. Era sono, com certeza. Na faculdade a galera da classe estava aflita pela prova, mas por que tinham que falar tão alto? Não consegui me concentrar na prova com tanto barulho e aquela dor nos olhos. Naquele momento eu só queria falar uma coisa para eles: “PAREM DE GRITAR NA MINHA CABEÇA!”

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